Dá-me a sombra do amor e terás teu sol sempre inflamado,
Terás o analgésico, o manto dos corpos na troca de energia, no fundo das almas a alumiar as belas alquimias.
Há sempre na vida o amor e nunca será mera utopia.
As fantasias são imensuráveis, dão beleza e regem orquestra no transbordar o champanha louco na cabeceira das sombras
Os beijos singram nas espumas onde ondas quebram nos lábios incendiando corpos.
Sinto-me aéreo e sem peso, quando ao teu lado penetro pelo vão da carne, aperto no meu peito a maciez dos teus seios.
Dizes ficar tonta e louca.
Gosto de vê-la assim, ingenuamente franca, quando nadas em sonhos, com cor da alma branca bem irrequieta, risonha e com olhares umedecidos de brilhos.
Essa luz do olhar talvez ninguém arranque, essa luz deve percorrer por toda noite adormecida, como uma estranha procissão de estrelas, na primavera, de uma saudade infinda