MANUANTUNES

Poesia

Textos


O AMOR PEDE PACIÊNCIA

Este telefone de linha que não toca
Aqui estou, aflito e preso nas horas
É castigo, corpo tenso, alma penosa
Inquieto sem amor, como um corpo sofre.

Será que cortaram a linha?!
Não pode ser, que raios me partam!
Se não Paguei
ontem a conta na loja da esquina
Bolas, paguei...

Então, houve um incidente
Não pode ser. Coisa ruim, notícia rente

Nossa! Bateram forte na porta
Corro... Ponho o olho pela fresta da janela
Droga! É o vizinho, nessa hora não é bem-vindo
Não abro...

É preciso ter calma, talvez uma pedida
Um chá a paliar.
Erva cidreira como dizia minha mãe
Acalma até nervos de leão

Novamente batem fraquinho na porta
É meu amor! Na certeza, mãos de mulher
Batem bem docemente,
Corro e abro... De súbito um brilho
Em volta.
Boa noite amor, por que a demora?
Quase não me achas aqui
A minha alma estava quase morta
Quanta angustia senti, mas não venceu
A minha saudade mansa que a sempre
Espera com maior ternura.

Agora, enquanto ficas só e te desnuda
Vou sozinho te servir um chá
Esperamos! Pois já sabemos que a saudade vai tecendo
E aquecendo nosso ninho
Para o nosso amor se completar

 
MANUANTUNES
Enviado por MANUANTUNES em 19/11/2011
Alterado em 18/06/2022


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